O mundo está em transformação. Vivemos uma mudança nos polos. Ou melhor, uma multiplicação de polos econômicos e culturais. A hegemonia estadunidense, que sucedeu os séculos de domínio europeu, agora está sendo substituída por uma divisão de forças com as potências russa e, principalmente, chinesa. E como em todo momento de ruptura, a violência e os extremos se intensificam, trazendo à tona o que há de pior nessas sociedades. Foi assim que o fascismo surgiu na decadente Itália dos anos 1920 e 1930 e que o nazismo nasceu na empobrecida Alemanha da mesma época. Hoje, o Governo Trump e o sionismo israelense são o braço brutal do moribumdo “american way of life”. A própria Europa vive, também, uma onda de reacionarismo, racismo e ascensão da extrema direita (como nos anos 1920). Os poderosos estrebucham ao perderem seus poderes. O papa Francisco, líder maior do Vaticano, foi uma voz importante nadando contra a corrente do conservadorismo crescente no Velho Continente, apesar de ser também ...