Lei para quê?

Wellington da Silva motorista de transporte alternativo (ou será clandestino?) foi executado enquanto dirigia na Grande João Pessoa. Uma violência que a polícia ainda não conseguiu explicar nem muito menos achar o autor. A irmã de Wellington, Luciana Lima, reclamou numa das rádios da Capital que isso acontece por falta de policiamento e que não a segurança.

Este é um ótimo ponto para reflexão. A segurança só existe onde há policiamento ostensivo? Se não houver viaturas rondado a violência tomará conta? Aliás, se a fiscalização da polícia fosse totalmente eficiente, os carros de transporte alternativo não circulariam, pois são clandestinos. E você? Usa o cinto de segurança quando não há fiscalização?

Luciana disse que o irmão era um homem de bem, não fazia nada de errado e que se houvesse segurança eficaz, não teria sido assassinado. Não tiro a razão dela, nem tão pouco duvido de suas palavras ou de sua dor, mas fico apreensivo sempre que alguém pede por mais opressão, mais leis, mais rigor.

Em contra-ponto, hoje dois grandes protestos marcaram o dia. Um na avenida onde Wellington foi executado e outro na BR 230. Os dois justamente por conta da fiscalização que a polícia estava fazendo para multar e coibir a presença de carros irregulares ou que transportem ilegalmente passageiros.

Então, os clandestinos, como outras categorias informais de trabalho vivem no limite da lei e à margem da sociedade. Eles descumprem a lei "por um bom motivo", mas se sentem indefesos e indignados quando são eles as vítimas de alguém que também resolveu descumprir a lei.

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