Caso Motiva: 25 de Setembro de 2007

Alunos são revistados em novo esquema de segurança

Revista com detectores de metais, seguranças e policiais à paisana fazem parte do esquema de segurança que teve início na manhã desta terça-feira (25) nos prédios do Colégio Motiva em João Pessoa. A ação vem em resposta a um perfil com ameaças criado no sítio de relacionamentos Orkut.

Alunos de todas as idades e seus acompanhantes passam por uma revista rápida, feita por dois seguranças que, com um detector de metais, verifica se há nos pertences algo que possa ser usado como arma. Pelo visto, a revista não incomoda, pelo contrário, traz segurança.

Na última quarta-feira, uma pessoa que usou o apelido (nickname, na linguagem de Internet) Aluno Anônimo do Motiva fez ameaças de, com armas de fogo, atirar em alunos e até se matar por conta de abusos sofridos supostamente dentro da escola. Nas fotos do perfil, o rapaz segurava armas como pistola e espingarda.

Pais de alunos, professores e funcionários vivem um clima tenso desde então. O Ministério Público, as polícias Civil e Militar foram chamadas e fizeram varreduras em todos os prédios e não acharam nada que pudesse ser usado num atentado.

A Polícia investiga a origem do perfil na Internet, que já foi retirado do ar, e, analisando as fotos, chegaram à conclusão que as armas são de brinquedo. "Segundo os especialistas, são réplicas", revelou um dos diretores do colégio, Carlos Barbosa.

Ele disse ainda que a escola conta agora com 26 seguranças e mais 15 policiais das polícias à paisana. "Estamos fazendo de tudo para garantir a segurança das cerca de 2500 pessoas que estudam e trabalham conosco", disse o diretor.

Carlos revelou ainda que a polícia desconfia que o perfil na Internet tenha sido criado por alguém que nem faz parte do corpo da escola. "Possivelmente é coisa de gente de fora da escola", disse.

O diretor disse também que como há filhos de policiais federais na escola, eles têm oferecido apoio logístico. "Informal, já que o caso está entregue à 3ª Delegacia Distrital, com o delegado Deusdete Filho", ressalvou.

Maurício Melo

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