Ao fim das maiorias

Depois de um empate histórico na eleição da Câmara dos Deputados, em Brasília, a alternativa governista, Rebelo, venceu. Mas venceu com uma margem muito pequena de votos. A oposição disse que perdeu porque o governo "passou um trator" e pegou votos até de quem não devia. Os governistas também não gostaram muito de ter o vice Nonô com tantos votos.

Parece que os nossos políticos não estão acostumados a negociar. Eles querem ter maioria absoluta para poder "empurrar" o que eles querem, para poder fazer o que bem entendem sem que exista nenhuma barreira. Nos últimos governos acontecia assim. A oposição só reclamava e resmungava, não tinha real poder para barrar nada.

Agora, sim. Por mais que o presidente possa reclamar que fica difícil governar e que a oposição não esteja feliz por não ter a maioria também, para mim, como eleitor e cidadão, é muito mais interessante que exista esse equilíbrio. E que tudo que uma força for fazer a outra possa fiscalizar e apontar os erros.

Sem maioria e minoria, a população vai ver muito mais brigas, mas é capaz que nós tenhamos, cada vez mais, boas decisões dos poderes executivo e legislativo. Nem Esquerda, nem direita, os dois serão obrigados a discutir tudo e negociar o melhor. Não prevalece nem o branco nem o preto, nem a água, nem o fogo. Vamos ter a luta do Yn e Yang e quem vence é o povo.

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