Energisa e o capitalismo selvagem

A empresa concessionária de energia elétrica da Paraíba, a Energisa, está dando uma aula de capitalismo selvagem ao anunciar que “não tem como ajudar” uma família pobre com a sua conta de luz, mesmo sabendo que eles têm uma criança que precisa de uma máquina para se manter vivo (veja matéria da TV no fim do artigo).

Estão perdendo uma ótima chance de dizer que além de energia elétrica, a empresa oferece mais. Talvez saúde, talvez esperança, talvez um pouco de paz. Mas isso seria demais para uma empresa que visa lucro. E só lucro.

Que tal aproveitar esta situação para apresentar uma forma alternativa de geração de energia para aquele aparelho? E se um pequeno gerador solar fosse instalado naquela casa, apenas para a máquina do menino? Resolveria o problema, mostraria interesse na vida de seus clientes e ainda faria uma “média”.

Mas não! Eles querem a parte deles em dinheiro!

Aliás, pensando bem. E se cada um de nós, cada casa, cada apartamento começar a ficar independente da Energisa? Se cada um de nós montarmos pequenos geradores de energia e instalações de aquecimento de água em casa vamos dar um senhor golpe nesta empresa que só nos lembramos quando temos que pagar a conta, cada vez mais cara.

Eles reclamam de gatos, de roubo de fios, de alteração em seus relógios, mas na hora de indenizar seus clientes por conta de explosões de geradores ou de aparelhos queimados em apagões, são eles que nos obrigam a entrar na justiça para cobrar o que é justo.

Eles nos dizem que temos que denunciar o roubo de energia. Nessa hora querem ser nossos amigos. Mas eu afirmo, ninguém vai querer ajudar uma empresa que não liga para ele. Uma empresa fria, que só fala com o consumidor para cobrar e não escuta o apelo de socorro de seus clientes.

Comentários

  1. Um dia depois, várias pessoas procuraram o Paraíba1 e a TV Cabo Branco para tentar ajudar essa família e pagar a dívida.

    Mas é bom deixar claro, que isso, infelizmente, é pouco. Novas contas vão chegar e o problema certamente vai se repetir.

    O ideal seria que o estado, ou mesmo a Energisa, que não tem culpa da doença nem da falta de dinheiro da família, arrumassem uma forma definitiva de este problema não mais acontecer.

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