Fotojornalismo e as verdades instantâneas

Esta semana um flagrante inusitado e lindo surgiu da nuvem de fumaça e violência que se transformou o protesto dos professores estaduais em São Paulo. No meio da confusão, entre bombas de gás, porretes, paus e pedras, surge um homem, à primeira vista um professor, trazendo nos braços uma Policial Militar ferida para longe da luta.


A foto se tornou um exemplo, uma lição, um tapa na cara do governador José Serra, por mostrar que mesmo mal pagos e apanhando, os professores são seres humanos melhores do que ele, que manda acabar com protesto grevista na pancada.

Mas a história não acabou aí. A resposta do governo foi através de nota da Polícia Militar que garante que o homem barbado na foto é, na verdade, um policial a paisana infiltrado entre os manifestantes. Mas o estranho da nota é que o nome, patente e função da polícial ferida foram divulgados na nota. O do seu salvador, não.

Tudo bem, é possível que isso seja verdade. Não seria a primeira vez que a PM usaria homens infiltrados, mas há quem diga que esta nota é apenas uma forma desesperada de não permitir mais esta desmoralização do governador de São Paulo.

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