Jornalistas multados por falarem a verdade

O mundo está mesmo perdido, três jornalistas foram condenados a pagar uma indenização de R$ 50 mil por terem chamado Fernando Collor, aquele da Casa da Dinda, do PC Farias, dos caras pintadas, vejam só, de "corrupto, ladrão e chefe de quadrilha".

Bem, fico agora me perguntando o que diabos os jornalistas farão para viver. Porque não precisa mais ser jornalista para trabalhar em jornal e ainda por cima, quando um resolve falar a verdade é processado!

Assim sendo, fica o aviso. Você que é jornalista, nem pense em escrever nada que não venha das fontes oficiais ou em releases autorizados! Ah, e se você receber um release e perceber que a boa história está nas entrelinhas, nem pense em mudar o foco do texto enviado.

Confira a notícia publicada pela Agência Brasil, abaixo:

Justiça condena jornalistas por danos morais contra Fernando Collor

O juiz substituto de desembargador Renato Ricardo Barbosa, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), decidiu que a editora Dom Quixote, responsável pela revista Brasília em Dia, e os jornalistas Franklin Martins e Marcone Formiga devem pagar uma indenização de R$ 50 mil por danos morais ao ex-presidente e atual senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL). O motivo foi uma entrevista de 2005 feita pelo jornalista Franklin Martins, então comentarista político da Rede Globo e hoje ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República.

A indenização deverá ser dividida pelos três réus, e a publicação deve abrir espaço para Collor com o mesmo tamanho da entrevista original.

Segundo nota divulgada pelo TJ, o texto da decisão afirma que “o político teve a honra e a imagem maculada depois de ter sido chamado de corrupto, ladrão e chefe de quadrilha”.O ministro informou, por meio de sua assessoria, que vai recorrer da decisão. O jornalista Marcone Formiga, responsável pela editora Dom Quixote, também disse que vai recorrer da decisão, que deve ser questionada sob o ângulo da recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que extinguiu a Lei de Imprensa.

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