A vingança do arcebispo

Que o arcebispo da Paraíba dom Aldo Pagotto está envolvido em política até os dentes, não há quem questione. Que ele se decepcionou com a cassação do mandato de governador de Cássio Cunha Lima, também não. Agora, retaliações, acho que ninguém esperava. A primeira (?) foi a proibição do padre e deputado federal Luiz Couto de celebrar missa, batizados e outras atividades do sacerdócio.

Não foi, é verdade, a primeira vez que os dois discordaram em suas opiniões. Até o mês passado, sempre que Couto denunciava violência, o arcebispo dizia que a Segurança estava em boas mãos, quando o padre dizia quehvia grupo de exterminínio, dom Aldo dizia que não se podia falar sem prova. Agora, que mudou o governo, o arcebispo está cobrando políticas de segurança, como disse o assessor do parlamentar, Wallene Cavalcante.

Dom Aldo puniu Luiz Couto por ele defender teses "que vão contra os mandamentos da igreja" como o fim do celibato obrigatório na Igreja Católica, o uso de camisinhas por razões de saúde pública e o fim da discriminação aos homossexuais. O padre, que sofre de diabetes, teve um princípio de pressão alta e está repousando por recomendação do médico Ítalo Kumamoto.

Já Pagotto, que sempre teve um lugar no palanque ao lado do governador Cassio, está agora deslocado e procurando uma nova função para si neste novo momento político da Paraíba. Aliás, como muitos extremistas do lado amarelo e também do vermelho.

Comentários

  1. Anônimo12:33 PM

    O velho jogo de interesse e política, quando era situação dizia uma coisa, quando é oposição outra..

    Até o padre =/

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