Carnaval que é caso de polícia

As pessoas parecem não saber desfrutar da liberdade. É claro que não dá para generalizar, mas estas folias todas na época de Carnaval são cheias de violência. Tudo bem, pode ser que eu esteja ficando velho, mas vejo que muita gente, muito barulho, muita confusão, isso tudo junto sempre acaba em violência. As drogas, incluindo aí o álcool, são um grande catalisador desta violência.

Eu bem sei que ninguém é obrigado a beber ou se drogar, mas fatalmente a agitação dos mais afoitos por conta dos entorpecentes acaba atingindo também os "caretas". E assim, chega-se ao absurdo em que as pessoas ficam querendo a polícia, símbolo histórico e representativo da repressão, nocarnaval. Tudo isso porque alguns não sabem aproveitar a liberdade que têm.

Exemplos mais óbvios desta violência são os esfaqueados e os espancados que aparecem no noticiário do dia seguinte. Mas há também as violência menos óbvias, mas que também deixam marcas. Como o barulho exagerado que submete até quem não querouvi -lo a tê-lo predominante em sua casa, ou mesmo as agressões sofridas nas ruas por quem não quer participar da folia, mas é obrigado a passar por ela.

Há quem queira culpar a classe mais pobre pela violência. Talvez por isso todas as micaretas estejam migrando para festas "indoor". Mas elas próprias, as festas fechadas, provam o contrário que este apontamento é injusto. Afinal, é lá onde muitos filhos da classe média e alta das cidades, inclusive na nossa, aproveitam para se exibir e geramshows, fora do palco, de violência e descontrole.

Assim, o que falta, imagino, é educação. Sei bem que as festas que reúnem multidões são difíceis de controlar e não gostaria de participar de um evento em que estivesse o tempo todo sendo vigiado ou mesmo ladeado por homens armados. Não acho que seja a solução lançar um soldado para cada folião. Claro, é preciso ter força policial e preparada, mas deveria ser para emergências e não para a regra.

Acho que é preciso empreender campanhas que busquem a maior integração entre as pessoas. Tentar derrubar barreiras entre ricos e pobres, melhoras o tratamento entre as pessoas. Mais "olás", "com licença", "por favor" e "obrigado" já seriam um bom começo. Eu sei, estou pedindo demais. Mas estou tentando fazer a minha parte.

Comentários

  1. Anônimo8:13 PM

    É curioso, né? Mas é um período como esse que ocorre muito transplante.. Estranho pensar que alta violência, acidente de trânsito propicia a continuidade da vida eheh

    Abração!! ;P

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  2. É mesmo André.
    Me parece que tudo na vida tem pelo menos dois lados, né?
    Se o bom não é 100% bom. O ruim também não é 100% ruim.
    Ainda bem.
    Um abraço

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