Tempos difíceis: jovens problemáticos

Em João Pessoa, e talvez no mundo todo, passamos por uma situação complicada. Os adolescentes, cada vez mais distantes dos pais e perdidos se entregam a delírios perigosos que usam como realidade. Meninos pobres que aprendem que a sobrevivência está nos sinais e têm como único prazer o uso de drogas.

Os jovens ricos, mimados e presos por seus pais assustados, vivem um mundo entre as apertadas paredes de um apartamento e têm como janela a tevê e o computador. Janelas que, sem nenhum direcionamento, deseducam estas crianças.

Pais que vêem seus filhos trancados usando o computador por um dia inteiro e não estranham, nem sequer têm a curiosidade de saber o que está sendo feito lá dentro. Estes ajudam nesta deseducação, pois a segurança da tranca da porta ou o cadeado na grade da casa não são suficientes para garantir o bem estar dos nossos filhos.

Hoje, a Internet é muito mais que o telefone. É uma porta de entrada e saída e muitos pais só se dão conta disso muito tarde. Alguns só descobrem quando a polícia vem buscar seus filhos que assaltaram pessoas ou roubaram senhas sem sair do quarto.

Há pais tão ‘descansados’ com a segurança do lar, que nem percebem que seus filhos, apenas com mesadas têm coleção de tênis e de relógios importados. Outros emprestam os carros e os filhos voltam com bolsas, celulares e carteiras além de dinheiro, mas para eles, isso não diz nada.

Meninos que levam tão a sério brincadeiras de zombaria e transformam isso em caso de polícia são pessoas infelizes que procuram um motivo, um vilão, para sua culpar por tudo. Antigamente, quando os moleques eram “humilhados”, isso virava uma briga, os dois eram suspensos e depois viravam amigos.

Não digo que as crianças devem brigar, não é isso. Digo sim, que outrora as ‘arengas’ de meninos se resolvia muito mais fácil. Hoje parece que tudo é o fim do mundo. E para muitos desses adolescentes pode mesmo ser. Isso por causa das ferramentas que eles têm acesso sem controle nem restrição.

Meninos como estes do colégio Motiva existem em todas as escolas desta cidade. São garotos que preferem o convívio virtual com outras pessoas. Convívio que não é controlado pelos pais. Faço a seguinte análise: quando seu filho começa a andar com alguém muito mais velho, ou que apresenta sinais de ser usuário de drogas, ou racista, ou violento demais, o que você faz? Corta esta amizade.

Mas se não há controle sobre o que acontece com seu filho na Internet, como saber se estas pessoas não são o grupo que seu filho freqüenta? Aviso. Faz tempo que o mundo virtual interage com a vida real. Pense na Internet como uma porta que seu filho pode usar. Então cabe a você, pai ou mãe, decidir em que ambientes ele pode ou não entrar e quanto tempo deve ficar.

Comentários

  1. Anônimo12:42 PM

    É por isso que eu acho que a infância boa foi da minha para trás, onde a gente saia na rua, andava de bicicleta, "arengava" e se resolvia ali mesmo.

    Abração!! ;)

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