Caso Motiva: 25 de setembro de 2007

Ameaças ao Motiva podem ter sido de três alunos

A Secretaria de Segurança Pública confirmou, através de sua Assessoria de Imprensa, que a Polícia Civil atribui as ameaças feitas na internet a pessoas do Colégio Motiva Ambiental, em João Pessoa, a três alunos e não a só um, como se informou inicialmente. A SSP, no entanto, preferiu não avançar nas informações alegando que a divulgação poderia prejudicar o andamento das investigações.

O Portal Terra informou na tarde desta terça-feira (25) que o Ministério Público da Paraíba levanta as mesmas suspeitas. O Portal Correio, no entanto, não conseguiu manter contatos com os procuradores responsáveis pelo caso.

De acordo com o diretor do colégio, Karamuh Medeiros, as mensagens começaram a chegar por e-mail em agosto e, na última semana, foram divulgadas no site de relacionamentos Orkut. As ameaças foram feitas por uma pessoa que seria intitulada "Aluno Anônimo do Motiva". Segundo Medeiros, ele reclamava de sofrer abusos e violência dentro da escola, mas nunca citou nomes de quem estaria fazendo isso contra ele.

"Segundo o suposto aluno, ele era vítima de bullying - forma moderna de dizer constrangimento, humilhação - e determinou a execução de um projeto (para combater essa prática). Só que os e-mails tinham pensamentos equivocados", disse Medeiros, que afirmou que o discurso era muito específico, de imposição. Bullying compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente.

O diretor informou que a escola já faz há anos um trabalho para combater este tipo de prática. "Temos um trabalho ao longo dos anos de valorização do ser humano". No fim de semana, a polícia fez uma varredura no prédio da escola em busca de possíveis bombas e armas, mas não encontrou nada.

De acordo com a secretaria, os pais dos adolescentes que estariam fazendo as ameaças já teriam sido contactados pela polícia, mas os alunos ainda não foram ouvidos, pois ainda falta uma prova técnica, que comprove os atos. Segundo as investigações, as ameaças "teriam sido uma brincadeira e os jovens queriam apenas dar um susto".

Segundo o diretor, a escola foi equipada com detectores de metais, que já estão em funcionamento. De acordo com ele, cada aluno abre a mochila espontaneamente. Ninguém teria se negado a passar pela revista.

A polícia considera uma violência psicológica o que os adolescentes fizeram. No entanto, a forma como os supeitos, menores de idade, irão responder a isso ainda será debatida com o Ministério Público.

Wellington Farias, com informações da SSP e Portal Terra

Comentários