PURA FICÇÃO

Pesquisando sobre a veracidade do último post descobri o que se segue:

Sobre a entrevista do pseudo-Marcola

Sinal dos tempos e da sina brasileira. Antigamente usávamos o adjetivo pseudo para textos clássicos aos quais durante algum tempo se atribuiu uma autoria que depois se verificou ser falsa: o pseudo-Plutarco, o pseudo-Plotino. No Brasil temos agora o pseudo-Marcola. Também eu fui vítima dessa confusão internética que – nunca descobriremos como, com que objetivos nem por quem – atribuiu ao bandido Marcola uma apocalíptica entrevista em O Globo. Agora sabemos que no original foi obra de ficção de Arnaldo Jabor – como tal, brilhante, irretocável. Inclusive nas improváveis mas afinal convincentes provocações estéticas. O pseudo-Marcola é quase um poeta: "Meus comandados ... são fungos de um grande erro sujo". "Chapeaux bas, messieurs!" – como disse Schumann diante de Chopin.


Por Olívio Tavares de Araújo, do Observatório de Imprensa (essa fonte foi conferida)

Comentários