Campanha

Amigos, vou reproduzir aqui a coluna desta sexta-feira, dia 7, do jornalista Rubens Nóbrega publicada no jornal Correio da Paraíba para quem não teve a chance de ler no jornal.

"Preparando. O candidato Xis tem um tio fazendeiro, que tem uma bela fazenda, dessas onde cabem cinco mil cabeças de gado e outro tanto de gente. Aí o fazendeiro tio, para ajudar na campanha, inventa uma vaquejada na fazenda.

Realizando. Porteiras abertas, a vaquejada atrai mais de cinco mil pessoas, o candidato vai lá e faz a festa, com direito a um grande show de forró onde a atração principal é a banda Siri com Rapadura ou Zezé de Camargo e Luciano, tanto faz.

Resumindo: além da derrubada de boi, o povo vai poder assistir a um desses showmícios disfarçados que andam fazendo por aí a título de festa junina patrocinada, inclusive, com dinheiro público. E nada deve acontecer a quem promove tal coisa.

O showmício da hipotética vaquejada é apenas um dos muitos exemplos de como são facilmente burláveis as normas eleitorais, especialmente quando pretensamente elas se tornam mais restritivas.

Quanto mais tentam acochar, mais criam meios de driblar as proibições. É como se para cada artigo da lei já tenham, no ponto, uma fraude correspondente. Tem jeito não: quando mais apertada a loca, mais brecha esse povo acha.

Mesmo assim, otimista incorrigível e irrecuperável que sou, prefiro acreditar que somente uns poucos candidatos e partidos vão usar de jeitinhos e artimanhas para burlar a lei e engrupir a Justiça Eleitoral.

Posso estar sendo ingênuo, mas deixa assim... Vou me sentir melhor. Sem prejuízo, claro, de continuar levantando alternativas e possibilidades dos espertos e trapaceiros, até como forma de alertar para ajudar a prevenir.

Rubens Nóbrega"

Comentários

  1. Essa época, não sei porque, me dá uma gastura...

    xêro em tu

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  2. Realmente o brasileiro deve ser o rei da artmanha, tudo que dizem não pode ele vai lá e inventa uma forma...Infelizmente nem todo jeitinho é benéfico como o caso da política.

    Abração!!

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  3. Segundo um amigo quase-advogado , é assim mesmo. Se institui uma lei, sempre cheia de falhas, e à medida que ela é descumprida, surgem novas formas de aperfeiçoá-la e de fechar as brechas. Isso funciona para os crimes comuns. Como eu não sei se os políticos são pessoas comuns, fica a dúvida se um dia a lei conseguirá ser cumprida totalmente

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  4. Anônimo2:47 PM

    Very cool design! Useful information. Go on! » »

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