Depois de "7 anos no Tibet", a melhor forma de aprendizado de vida foram os oito anos no Zépa. ALiás, como nunca passei nem perto do Tibet, o tempo no José Pinheiro foi o único aprendizado que tive. Aprendizado sobre o Mundo Cão, é preciso esclarecer.
Enquanto criança e adolescente tive que correr muito e traçar rotas de fuga, todo dia renovadas, para não ser, na melhor das hipóteses, roubado. Antes de aprender a reparar os sinais dos malandros, tive boné e relógio roubados, além de, vez ou outra, ser estorquido para entregar o 'vale transporte'.
Meu aprendizado só acabou quando minha mãe achou que era demais quando, numa mesma semana, duas pessoas foram esfaqueadas, uma em cada esquina da nossa rua. Nos mudamos e nunca mais ninguém conseguiu me roubar. Caminhando uma vez nas ruas do Centro do Rio de Janeiro meu pai me disse uma das grandes verdades desta vida, "quem andou pelo Zé Pinheiro não tem medo do Rio."
Enfim, eu aprendi a me virar no Mundo Cão e isso eu percebo sempre que passeio por outras praças. Me lembrei disso quando fui pegar ônibus no Terminal de Integração em João Pessoa. Lá, há um grupo de batedores de carteira que, em cinco minutos, já estavam revelados para mim.
Ainda lá, percebi como eles são amadores e como dão bandeira. Percebi também as pessoas andam muito distraídas e acabam "alimentando" este tipo de ofício. Acho que a polícia não se importa muito com este tipo de delito por não haver uso de violência.
Como muita gente nem presta queixa quando é roubada, é fácil para as autoridades ignorarem os furtos e roubos. Portanto, por enquanto, não há outro remédio a não ser ficar ligado e tentar ser mais esperto que os gatunos.
Enquanto criança e adolescente tive que correr muito e traçar rotas de fuga, todo dia renovadas, para não ser, na melhor das hipóteses, roubado. Antes de aprender a reparar os sinais dos malandros, tive boné e relógio roubados, além de, vez ou outra, ser estorquido para entregar o 'vale transporte'.
Meu aprendizado só acabou quando minha mãe achou que era demais quando, numa mesma semana, duas pessoas foram esfaqueadas, uma em cada esquina da nossa rua. Nos mudamos e nunca mais ninguém conseguiu me roubar. Caminhando uma vez nas ruas do Centro do Rio de Janeiro meu pai me disse uma das grandes verdades desta vida, "quem andou pelo Zé Pinheiro não tem medo do Rio."
Enfim, eu aprendi a me virar no Mundo Cão e isso eu percebo sempre que passeio por outras praças. Me lembrei disso quando fui pegar ônibus no Terminal de Integração em João Pessoa. Lá, há um grupo de batedores de carteira que, em cinco minutos, já estavam revelados para mim.
Ainda lá, percebi como eles são amadores e como dão bandeira. Percebi também as pessoas andam muito distraídas e acabam "alimentando" este tipo de ofício. Acho que a polícia não se importa muito com este tipo de delito por não haver uso de violência.
Como muita gente nem presta queixa quando é roubada, é fácil para as autoridades ignorarem os furtos e roubos. Portanto, por enquanto, não há outro remédio a não ser ficar ligado e tentar ser mais esperto que os gatunos.
Isso é curioso, já que Jackson do Pandeiro disse que quem vai no Zé Pinheiro não sai mais de lá.. hehehe. Mas é bom aprender, a vida é um eterno aprendizado que só acaba na morte.
ResponderExcluirQue bom que aprendestes!
Abração!!
kkkkkkkkkkkkkkkk Desunerei logo que li as primeiras linhas kkkkkkk Só tu mesmo... Semana passada (acho), falei sobre uma reportagem que vi com um especialista em assaltos e ele disse exatamente isso: se o assalto existe, é pq o assaltante viu abertura ;-)
ResponderExcluirXêro em tu
maurício, matéria legal.
ResponderExcluirbem que na integração eles poderiam colocar aqueles corredores gradeados para disciplinar a entrada. já resolvia... e câmeras né. ia inibir e muito ações como estas.
abraços
"Zé Pinheiro território sagrado" dizia Deo, eu tb fui escolado em zé pinheiro. Mas o máximo que aconteceu comigo lá foi um bebo me pedir pra ficar vigiando se vinha alguém enquanto ele recuperava o que a polícia tinha roubado dele na delegacia. Mas o Zepa gerou bons filhos também, no entorno da minha rua (Joana d'Arc)só em engenharia elétrica se formou, eu, meu irmão, Cozé, Zé de Lúcios, o filho da veia Helena e Alam. Sinto saudade de Zé Pinheiro.
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