É, a violência gera medo, que gera violência, que gera medo. A conclusão que todos chegam, sem pensar muito a respeito, é que a resposta para a violência que se sofre é uma violência maior.
Em São Paulo, a violência aumentou a um ponto que as pessoas não agüentaram mais e quem não conseguiu se esconder acabou se armando e respondendo com "fogo". As vítimas de violência se indignaram com o que sofreram e resolveram se organizar e atacar.
As vítimas deste parágrafo acima poderiam ser os "bons cidadão", poderiam ser policiais, mas esta história também se encaixa no perfil dos encarcerados. E quem os violenta não são os carcereiros (eles também), não é a polícia (estes também), é o sistema. O sistema prisional é uma porcaria. É um depósito de carne morta, viva.
Num diálogo a respeito do assunto, ouvi:
- Mata eles todos!
- Mas generalizar é difícil, vão acabar morrendo gente que não devia - argumentei.
- Nada, uns poucos vão pagar para que a sociedade viva melhor - Ouvi ainda.
Mas aí, do nada me veio a imagem hipotética de dois políticos conversando e chegando a esta conclusão. Só que eles pretendiam fazer esta "limpeza" na cidade. Exterminando todo um bairro pobre, onde a maioria vive às margens das leis e dos direitos.
E nessa hora, me veio um pensamento mais aterrador: o bairro em que eu vivi grande parte da minha vida se enquadra nessa descrição. Ou seja, eu seria um dos "poucos" que morreria pelo bem da sociedade.
Então, vamos ver se nós temos a sorte de estar no 1% da sociedade que escaparia desta limpeza e vamos repensar se a violência é o melhor caminho. Seguindo os princípios do equilíbrio do Yn e Yang, Quanto mais violento o mundo se tornar, mais ele vai precisar de gente que pregue e viva a paz para balancear.
Afinal, de gente matando inocentes o mundo já está cheio.
Em São Paulo, a violência aumentou a um ponto que as pessoas não agüentaram mais e quem não conseguiu se esconder acabou se armando e respondendo com "fogo". As vítimas de violência se indignaram com o que sofreram e resolveram se organizar e atacar.
As vítimas deste parágrafo acima poderiam ser os "bons cidadão", poderiam ser policiais, mas esta história também se encaixa no perfil dos encarcerados. E quem os violenta não são os carcereiros (eles também), não é a polícia (estes também), é o sistema. O sistema prisional é uma porcaria. É um depósito de carne morta, viva.
Num diálogo a respeito do assunto, ouvi:
- Mata eles todos!
- Mas generalizar é difícil, vão acabar morrendo gente que não devia - argumentei.
- Nada, uns poucos vão pagar para que a sociedade viva melhor - Ouvi ainda.
Mas aí, do nada me veio a imagem hipotética de dois políticos conversando e chegando a esta conclusão. Só que eles pretendiam fazer esta "limpeza" na cidade. Exterminando todo um bairro pobre, onde a maioria vive às margens das leis e dos direitos.
E nessa hora, me veio um pensamento mais aterrador: o bairro em que eu vivi grande parte da minha vida se enquadra nessa descrição. Ou seja, eu seria um dos "poucos" que morreria pelo bem da sociedade.
Então, vamos ver se nós temos a sorte de estar no 1% da sociedade que escaparia desta limpeza e vamos repensar se a violência é o melhor caminho. Seguindo os princípios do equilíbrio do Yn e Yang, Quanto mais violento o mundo se tornar, mais ele vai precisar de gente que pregue e viva a paz para balancear.
Afinal, de gente matando inocentes o mundo já está cheio.
Nosso país vive um círculo vicioso.
ResponderExcluirComeça com o direito à educação e condições de vida descentes que são menosprezados. Surgem daí pessoas sem perspectivas e sem oportunidades, que encontram um jeito mais fácil de entrar no "sistema". Geram criminosos e violênica. Quando vão presos, aprendem o que não sabiam, pois as cadeias e os presídios não conseguem cumprir sua função básica: garantir a resocialização do preso.
Esse termo "limpeza" tem um quê de nazista. Não adianta matar todos os presidiários, todos os bandidos, todos os negros, todos os pobres do país. Enquanto não houver uma política pública voltada para o bem estar social, não haverá o fim desse círculo.
Também cresci nesse mesmo bairro que vc, e tb tenho receio de que caso essa "limpeza" fosse de fato concretizada, eu estaria entre os eliminados. E não só eu, minha família que ainda mora lá, meus amigos de infância e toda uma cultura que levou anos pra se firmar.
Pois é, não é um "quê" de nazista. É um todo! É nazismo puro!
ResponderExcluirVocê leu uma reportagem da Super INteressante falando que "social nada, isso é genético?!... Se tratava mais sobre o comportamento homem/mulher, mas acho que bem serve para explicar muita coisa, no geral, além do "sistema" ;-)
ResponderExcluirxêro
Ah!! E quanto a "não ter me visto no shopping indo assistir ao Código", esqueça!! A "poliça" não sabe deixar as mulheres fazerem programas de Luluzinha! Quando saí do cinema a "poliça" estava lá. Depois de ter ligado pra mim umas 4 vezes ;-)
ResponderExcluirMesmo assim, obrigada ;-)
xêro