E todo novo é bom?

Durante o programa Hora do Rush, do qual participo como comentarista todas as noites na 101FM, o prefeito de Campina Grande Veneziano Vital (PMDB) ligou para anunciar em primeira mão que Tatiana Medeiros será a candidata do PMDB a concorrer à prefeitura da cidade.

Naquele momento, sem outras informações, só pude comemorar a entrada de mais uma pessoa no mundo da política. Obviamente reconheço que esta entrada acontece sob as asas de um grande e tradicional partido, mas sempre acredito que as pessoas decidem mais que os partidos (e isso não é necessariamente uma virtude).

Tanto durante o programa, quanto depois, via web, fui contestado quanto ao termo “novo” que usei para qualificar a candidata. O argumento contra minha comemoração se deu, principalmente, por conta da onda de demissões e outras ações impopulares do atual governador Ricardo Coutinho (PSB) que se auto intitulou representante do novo nas últimas eleições.

Mas lembro que este não é o primeiro cargo eletivo do governador e que o fato de ser novo no mundo da política não garante a boa qualidade do representante, estão aí alguns exemplos de vereadores de um mandato só que mostram que o despreparo ou a ignorância são tão nocivos quando a má fé.

Mas também é inegável que a entrada de pessoas novas traz necessidades, visões, e até erros novos. E nesse caso, até os erros novos são interessantes, historicamente falando.

Eu acredito na alternância de governantes. Acredito que a democracia deve ser feita por muitos representantes e, sendo assim, não é bom negócio transformar os cargos eletivos em negócio de família. Quem sabe assim, os partidos voltam a ter força e importar, pelo menos, tanto quanto o candidato.

Afinal, é o partido que tem ideologia, caminho e história conhecidos e registrados. Pessoas não, podem mudar de ideia facilmente e mudar de um lado para o outro sem se importar com quem apostou no primeiro caminho prometido por eles.

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